Antigamente as crianças eram consideradas seres sem identidade e seu universo e particularidades incompreendidos. A história da infância sempre foi marcada pela marginalidade social, educativa, política, cultural e econômica. Na sociedade medieval, por exemplo, quando as crianças se tornavam menos dependentes dos adultos já passavam a fazer as mesmas atividades que eles, ou seja, seus limites físicos e fragilidade psicológica não eram respeitados.
No século XVI, nas camadas altas da população tanto a igreja católica como os educadores renascentistas começaram a valorizar a criança, requerendo uma separação protetora do mundo adulto, mediante uma educação voltada para sua formação moral e espiritual. Para os ricos, a escola tornou-se um dos instrumentos de educação da infância, porém as crianças das classes baixas continuaram a fazer parte do mundo adulto. Ainda neste século, no Brasil a chegada do reconhecimento a infância trouxe consigo a chegada tardia da escolarização devido às condições de pobreza. Nos séculos XVIII e XIX começaram a surgir movimentos que ampliavam a visão sobre a criança. No século XIX, com o aparecimento de novas ciências como a psicologia e a pedagogia, a concepção de infância mudou. [...]
Ps: Em breve a continuação com demais concepções acerca de criança e infância.
Referências
ATHAYDE, Selma Cunha Ribeiro. A infância e suas concepções na sociedade e na Educação Infantil. In: A criança e as múltiplas linguagens na Educação Infantil. João Pessoa: Editora Universatária/ UFPB, 2009. p. 19-31.
MULLER, Fernanda; REDIN, Marita Martins. Sobre as crianças, a infância e as práticas escolares. In: Infâncias: cidades e escolas amigas da criança. Porto Alegre: Mediação, 2007, p.11-20.